VALE A PENA LER E MEDITAR
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As mídias, as consultorias, os economistas, os bancos de investimentos, os presidentes dos bancos centrais, os ministros de fazenda, os governantes não fazem outra coisa que falar da “crise grega”. Ante tal vozerio mal intencionado, é oportuno parafrasear um exemplo da campanha de Bill Clinton para dizer e insistir que a crise é do capitalismo, não da Grécia. Que este país é um dos elos mais frágeis da cadeia imperialista e que é por causa dele que ali ocorre a eclosão das contradições, ora corroendo-o irremediavelmente.
É o capitalismo que está em crise e para sair dela torna-se imprescindível sair do capitalismo, superar o quanto antes um sistema perverso que conduz a humanidade ao holocausto em meio a enormes sofrimentos e uma depredação meio-ambiental sem precedentes. Por isso, a mal chamada “crise grega” não é assim; é, em lugar disso, o sintoma mais agudo da crise geral do capitalismo, essa que os meios de comunicação da burguesia e do imperialismo asseguram há três anos que já está em vias de superação, apesar de as coisas estarem cada vez pior.
O povo grego, com sua firme resistência, demonstra estar disposto a acabar com um sistema que já é inviável não no longo, mas no médio prazo. Há que acompanhá-lo em sua luta e organizar a solidariedade internacional para tratar de evitar a feroz repressão de que é objeto, método predileto do capital para solucionar os problemas que cria sua exorbitante voracidade. Talvez a Grécia – que há mais de 2.500 anos inventou a filosofia, a democracia, o teatro, a tragédia e tantas outras coisas – possa voltar-se sobre seus foros e inventar a revolução anticapitalista do século 21. A humanidade lhe estaria profundamente agradecida.
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