Nem só os que trabalham pagam a crise, as criancinhas logo à nascença começam logo a pagar. Será que também consumiram demasiado? Será que não souberam poupar? Será que fizeram dívidas aos bancos?Será que viveram acima das suas possibilidades?
A Cáritas alerta para que não se peçam mais sacrifícios às famílias (Nélson Garrido (arquivo)) |
O número de famílias que recebeu abono de família voltou a baixar em Março: menos 70 mil crianças foram abrangidas por este apoio social, que em seis meses foi retirado a 645 mil jovens, segundo a Segurança Social.
. . .
Depois do corte abrupto sentido em Novembro, a tendência decrescente continuou de forma mais ténue: de Novembro para Dezembro foram “excluídas” apenas 817 crianças. Mas em Janeiro houve uma redução de mais de 100 mil beneficiários (1.276.160). Como o processo de reavaliação extraordinária de rendimentos acabou por se prolongar, a redução de beneficiários continuou em Fevereiro (menos 88 mil titulares). E os últimos dados disponibilizados agora no site do ISS indicam que em Março foram processados 1.118.953 abonos (menos 70 mil).
O presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, lamentou a decisão governamental de se eliminar mais uma prestação social, apesar de reconhecer que se trata de “um mal menor”, uma vez que “só cortaram às famílias que têm mais rendimentos”.
No entanto, Eugénio Fonseca deixou o alerta: “Não se pode pedir mais esforços às famílias, porque muitas já deram tudo o que tinham para dar”. O responsável lembrou os últimos dados da Caritas - relativos a 8 das 20 dioceses - que “em Abril estava a ajudar 25 mil famílias, ou seja, mais de 63 mil pessoas”.
645 mil crianças perderam abono de família nos últimos seis meses - Sociedade - PUBLICO.PT
Sem comentários:
Enviar um comentário