Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os madeirenses ostentarem os atuais privilégios.
Convém lembrar que os madeirenses pagam impostos muito mais baixos. A taxa máxima de IVA, por exemplo, está apenas nos 16%. Perante isto, não é justo pedir mais dinheiro às pessoas do continente. Não é justo. O buraco escavado por Alberto João tem de ser coberto, em primeiro lugar, pelo dinheiro dos madeirenses. A conversa sobre transferências do continente para a ilha só deve surgir num segundo momento.
Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os portugueses da Madeira ostentarem os privilégios da "insularidade". Até porque em 2011 a questão da insularidade é altamente questionável. A Madeira é mais isolada do que Trás-os-Montes? Não, não é, até porque é difícil atracar um paquete em Bragança. O mesmo pode ser dito sobre o Alentejo interior. Pedir a um alentejano que pague a "insularidade" da Madeira é quase um insulto. Além disso, a Madeira já é uma das regiões mais ricas de Portugal. A solidariedade devia partir dos madeirenses e não dos alentejanos, transmontanos ou beirões. A Madeira devia ajudar partes do continente, e não o inverso.
Eu não pago o buraco da Madeira enquanto os madeirenses viverem à custa dos meus impostos, dos nossos impostos "cubanos". A Madeira retém os seus impostos locais (ou seja, não dá um cêntimo ao resto do país) e depois - como já vimos - paga impostos nacionais a taxas inferiores. Adivinhem quem paga a diferença? Claro, os idiotas dos "cubanos". A Madeira ainda recebe um subsídio de "insularidade" de 300 milhões e a sua dívida foi perdoada várias vezes. Por quem? Pelos idiotas dos primeiros-ministro "cubanos". Como se tudo isto não fosse suficiente, a Madeira voltou a endividar-se e, pior, escondeu a fatura de forma ilegal. Não há como fugir à questão: Alberto João Jardim fugiu à lei, ou seja, a sua gorvernação foi conduzida à margem da lei. E fez isto num momento de altíssimas dificuldades financeiras para o país. Moral da história? A autonomia tem sido a desculpa para a impunidade. Ora, esta brincadeira tem de acabar. Portugal é só um. Portugal é uma nação. Nesta altura de crise, não pode haver enteados "cubanos" e filhos madeirenses. Todos têm de pagar a conta de forma igual.
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