terça-feira, 12 de abril de 2011

Malaposta faz ciclo com filmes de Diana Andringa

Cinema (arquivo)












O Centro Cultural Malaposta, em Odivelas, dedica um ciclo de cinema a Diana Andringa, passando seis filmes da sua autoria entre terça-feira e domingo.

Organizado pelo Posto de Comando Sempre - Movimento Cívico, o ciclo, chamado «O Longo Caminho para a Liberdade», passa um filme por dia da jornalista e documentarista, sempre às 21h30, informa a agência Lusa.

A autoria dos filmes é sempre de Diana Andringa, que também é a realizadora nos casos de «Geração de 60» (1989); «Timor - O Sonho do Crocodilo» (2003); «As Duas Faces da Guerra» (2007); em parceria com o realizador guineense Flora Gomes); e «Dundo, Memória Colonial» (2009).

Os outros dois filmes, «Delgado, Obviamente Assassinaram-no» (1994) - sobre Humberto Delgado, o General Sem Medo -, e «Aristides de Sousa Mendes, o Cônsul Injustiçado» (1992) - sobre o cônsul de Portugal em Bordéus que, desobedecendo às ordens de Salazar, passou milhares de vistos a pessoas que fugiam do avanço nazi - foram realizados por Teresa Olga e são mostrados na quarta e quinta-feira, respectivamente.

«Geração de 60», cujo primeiro episódio abre o ciclo de cinema, na terça-feira, é uma série documental de seis episódios de 60 minutos em que, através de depoimentos de protagonistas e documentos de época, se traça o retrato de Portugal e dos que se opuseram à ditadura naquela década. «As Duas Faces da Guerra», sobre a luta de libertação para uns, guerra de África para outros, de acordo com as perspectivas de guineenses e portugueses, é exibido na sexta-feira.

Diana Andringa estará presente na sessão de «Dundo, Memória Colonial» (no sábado), sobre o sítio onde nasceu e onde aprendeu o racismo e o colonialismo. Sublinhando que estes filmes passam pouco nos cinemas e na televisão, Diana Andringa elogiou o ciclo do Malaposta.

«Quando fazemos um trabalho é para que as pessoas o vejam. E uma das coisas às vezes tristes do trabalho que se faz em documentário é que investimos muito tempo e muito esforço e depois ele passa uma vez e parece que depois aquilo fica arrumado na gaveta», realçou a jornalista alertando que «há trabalhos mais bem feitos do que outros, nomeadamente do ponto de vista estético».

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