Deficientes mentais na UE continuam a ser vítimas de discriminação e austeridade agrava situação - Sociedade - PUBLICO.PT
Os dois relatórios, feitos a partir de entrevistas a pessoas com deficiência,
retratam as experiências de exclusão ou discriminação de pessoas com deficiência
intelectual ou com problemas de saúde mental.
A FRA identifica três
áreas fundamentais em que a discriminação se faz sentir: “leis e políticas que
não permitem que as pessoas com deficiência tenham uma vida autónoma; atitudes
negativas e preconceito que não reconhecem o contributo dado à sociedade pelas
pessoas com deficiência; e ausência de oportunidades de emprego, que gera
dependência da ajuda e subsídios estatais.”
Nos relatórios, aponta-se
ainda a necessidade de “passar da institucionalização a um modo de vida baseado
na comunidade e de reformular a legislação e as políticas, de modo a torná-las
mais inclusivas”. O director da FRA, Morten Kjaerum, diz que o trabalho feito
pela agência “fornece uma base para discutir medidas práticas que farão uma
diferença nas vidas quotidianas” destas pessoas.
A FRA sugere que a
autonomia destas pessoas só se conseguirá se a desinstitucionalização, que está
a ser seguida em vários países, for “acompanhada por uma reforma da política
social nos domínios da educação, cuidados de saúde, emprego e opções de apoio
pessoal”.
Outra chamada de atenção importante é a necessidade de
“envolver as pessoas com deficiência no desenvolvimento” das políticas a elas
destinadas. Um dos entrevistados, um búlgaro de 32 anos, diz: “As pessoas que
trabalham nos ministérios e as autoridades deviam falar com pessoas como eu
quando preparam legislação e políticas. Deviam perguntar-nos o que queremos e
quais são as nossas necessidades em vez de tornarem as nossas vidas ainda mais
difíceis.”
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