domingo, 17 de junho de 2012

Deficientes mentais na UE continuam a ser vítimas de discriminação e austeridade agrava situação - Sociedade - PUBLICO.PT

Deficientes mentais na UE continuam a ser vítimas de discriminação e austeridade agrava situação - Sociedade - PUBLICO.PT
Os dois relatórios, feitos a partir de entrevistas a pessoas com deficiência, retratam as experiências de exclusão ou discriminação de pessoas com deficiência intelectual ou com problemas de saúde mental.

A FRA identifica três áreas fundamentais em que a discriminação se faz sentir: “leis e políticas que não permitem que as pessoas com deficiência tenham uma vida autónoma; atitudes negativas e preconceito que não reconhecem o contributo dado à sociedade pelas pessoas com deficiência; e ausência de oportunidades de emprego, que gera dependência da ajuda e subsídios estatais.”

Nos relatórios, aponta-se ainda a necessidade de “passar da institucionalização a um modo de vida baseado na comunidade e de reformular a legislação e as políticas, de modo a torná-las mais inclusivas”. O director da FRA, Morten Kjaerum, diz que o trabalho feito pela agência “fornece uma base para discutir medidas práticas que farão uma diferença nas vidas quotidianas” destas pessoas.

A FRA sugere que a autonomia destas pessoas só se conseguirá se a desinstitucionalização, que está a ser seguida em vários países, for “acompanhada por uma reforma da política social nos domínios da educação, cuidados de saúde, emprego e opções de apoio pessoal”.

Outra chamada de atenção importante é a necessidade de “envolver as pessoas com deficiência no desenvolvimento” das políticas a elas destinadas. Um dos entrevistados, um búlgaro de 32 anos, diz: “As pessoas que trabalham nos ministérios e as autoridades deviam falar com pessoas como eu quando preparam legislação e políticas. Deviam perguntar-nos o que queremos e quais são as nossas necessidades em vez de tornarem as nossas vidas ainda mais difíceis.”

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