segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Passado um ano, chacina segue na impunidade

Ocorrida numa sexta-feira, 13 de agosto, chacina chocou população de complexo. Foto: Porlanne Santos – Arquivo Gazetaweb
Os suspeitos foram soltos, polícia não concluiu inquérito e Instituto de Criminalística (IC) não fez nada
| MAURÍCIO GONÇALVES - Repórter
A imagem que ocupou metade da capa da Gazeta congela um trauma alagoano. Quatro garotos sentados à beira do precipício observam quatro garotos sem camisa e sem vida, estirados lá embaixo da barreira. A quatro passos dos cadáveres, quatro policiais se fecham em círculo, sob fixos olhares juvenis. A cena tétrica imortalizou a chacina do Benedito Bentes, caso rumoroso que completou um ano ontem, na mais completa impunidade. Cinco suspeitos foram soltos, a polícia não concluiu o inquérito e a perícia não fez os exames de balística.
Na foto, o abismo separa mortos e vivos, tão distantes como homicídios de ricos e pobres. Quem observa poderia estar sendo observado. Todos são meninos pobres, parentes e vizinhos dos três adolescentes e do rapaz assassinados com tiros de revólver 38 na cabeça. Mandaram deitar, antes da execução à queima-roupa. Todas as vítimas moravam no Conjunto Cidade Sorriso, área disputada por traficantes e milícias, na periferia da periferia, entre recônditos rincões do Benedito Bentes e da Serraria.
Morro do Urubu. Sexta-feira, 13 de agosto. O nome do local e a data da chacina chamam a atenção, mas os detalhes do crime e das investigações assustam mais.
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